Guia do Vale Sagrado dos Incas no Peru
Antes de começar, você precisa entender que conhecer apenas Cusco e Machu Picchu não vai te dar a real dimensão do que é o Vale Sagrado dos Incas. Cada cidade tem a sua importância para os Incas, seja pela agricultura, templos sagrados, proteção militar, administração, têxtil, ou outra função. Além disso, oferecem paisagens diferentes e deslumbrantes das montanhas da Cordilheira dos Andes.
Uma experiência única nessa região é que os moradores continuam a realizar os rituais e tradições dos antepassados. Aliás, o Peru é um país com dezenas de civilizações milenares. Muitas foram dominadas pelos Incas, mas ainda mantém seus antigos costumes, cada um à sua maneira. Importante respeitar os diferentes costumes e aprender sobre outras formas de viver com essa experiência.
Nós da Fui Gostei Trips recomendamos fazer pelo menos um passeio pelo Vale Sagrado dos Incas. Por isso, oferecemos cinco tipos de passeios para você escolher um que faça mais sentido para a sua viagem. Lembrando que sempre temos como fazer passeios privados para você com um roteiro exclusivo para as suas vontades.
O que é o Vale Sagrado dos Incas?
Se Cusco é o centro do Império Inca, o “umbigo do mundo”, o Vale Sagrado é o corpo todo. Isso porque cada cidade tem sua importância e história e que, juntas, revelam mais do funcionamento de todo o império. Antes de formar parte do Vale Sagrado, elas eram pequenos povoados andinos que foram conquistados pelos Incas e incorporados no domínio deles.
Infelizmente, muitos templos acabaram sendo destruídos com a colonização espanhola. As ruínas que temos hoje são testemunhos do passado, onde os habitantes locais seguem preservando tradições ancestrais. Por isso, é mais que um simples passeio, é estar em contato com o passado do nosso território.
Para entender mais sobre o Império Inca, venha ler nesse artigo aqui.
Quais são as cidades no Vale Sagrado?
O Vale Sagrado dos Incas conta com cidades que foram importantes para a história Inca, como Pisac, Ollantaytambo, Chinchero, Cusco, Maras, Moray e até Machu Picchu. Algumas delas tinham importâncias específicas, como agricultura, artesanato, eventos sagrados, militar, e outras, mas todas elas têm algo em comum: construções incas que resistiram ao tempo e à colonização. Onde hoje podemos visitar, descobrir paisagens deslumbrantes e rica cultura.
Dessa maneira, para saber um pouco mais de cada uma, vamos te contar curiosidades e o que você vai ver nos passeios pelo Vale Sagrado dos Incas. Falando nisso, a Fui Gostei Trips oferece cinco passeios diferentes para você conhecer o Vale Sagrado dos Incas, viu? Faça o seu orçamento aqui!
Cusco
A começar pelo clássico: Cusco. Conhecida como a capital dos Incas, Cuzco quer dizer “umbigo” em kitchwa (ou quéchua). Isso porque era ali ficava o imperador, onde a maior parte da administração de todo o império acontecia, que ia desde o norte da Argentina até a Colômbia.
A Praça Principal do Centro Histórico em si já conta muitas histórias. Os blocos de pedra, as igrejas, as ruelas floridas. Pense que andar por ali é sentir um pouco do passado mais perto. Suas raízes, conflitos, e guerras que ali aconteceram. Não só isso, mas existem ruínas na cidade, como a imponente Sacsayhuaman, o forte militar dos Incas para proteger a cidade e o seu legado. E também o Coricancha (ou Qurikancha), um templo religioso sagrado para os Incas.
O que fazer em Cusco: Plaza de Armas, Catedral Basílica e Igreja da Companía de Jesus, Piedra de los 12 ángulos, Mercado de San Pedro, Museo Inka e de Arte Pré-Colombiana, Coricancha (ou Qurikancha).
Confira aqui 10 dicas do que fazer em Cusco.
Machu Picchu
Sim, Machu Picchu, uma das sete maravilhas do mundo moderno, também faz parte do Vale Sagrado dos Incas. Apesar das construções terem sido abandonadas por conta dos conflitos internos do Império e invasão espanhola, Machu Picchu é Vale Sagrado. A cidadela fica no topo de uma montanha, de um Apu (montanha, uma divindade sagrada para eles) e de frente a outra montanha que tem a forma de um rosto humano naturalmente.
Foi redescoberta por pesquisador no começo do século XX. Porém, os moradores de povoados da região sempre souberam da sua existência. Acreditam que as ruínas teriam sido construídas para ser um refúgio do imperador Inca, e um ponto religioso de devoção.
O que fazer em Águas Calientes, cidade base de Machu Picchu: Águas termais, Praça Manco Capac, Mercado Artesanal, Museu Manuel Chávez Ballón, Jardim Botânico Mandor, Cachoeira Alcamayo.
Leia este artigo para ver 10 dias do que fazer em Águas Calientes.
Pisac
Alguns a chamam de “porta do Vale Sagrado” por ser uma das cidades mais próximas de Cusco, a apenas 33km. Os terraços de Pisac na encosta da Cordilheira de Vilcabamba construídas com pedras avermelhadas talhadas tornam o ambiente mágico. Tão mágico que existe a lenda de Inkil Chumpi, onde você vai descobrir quando for para lá.
Pisac tinha o objetivo desde administração e templo religioso, como de posto de guarda também. Ali a cidadela é dividida em diferentes setores, desde templos, aquedutos, depósitos e até o cemitério mais antigo da América do Sul. Juntas, essas construções têm o formato da ave Perdiz. Assim como a cidade histórica de Cusco de cima tem a forma de um Puma.
O que fazer em Pisac: Parque Arqueológico de Pisac, Museu Awanacancha, Santuário sagrado de Huanca, Feira de Artesanato.
Ollantaytambo
É o queridinho de muitos viajantes que escolhem passar alguns dias nesse povoado recheado de artesanato, ruínas, comida deliciosa e rodeado pelos Andes e rios gelados. Além disso, ela é a cidade com menor altitude, “apenas” 2790m acima do nível do mar, o que oferece um ambiente mais agradável para quem sofre com o soroche (mal de altitude). Aliás, recomendamos fazer um seguro viagem com a Real Seguros.
A cidadela de Ollantaytambo significa “lugar de observação”. Ao chegar na ruína você vai perceber como ela foi construída margeando toda a montanha, como um ponto de vigia e de defesa. Dizem que uma das melhores construções Incas fica aqui: o Templo do Sol. Por fim, o povoado de Ollantaytambo tem uma deliciosa praça com feira de artesanato e diversos restaurantes.
O que fazer em Ollantaytambo: Praça principal, Feira de artesanato, Sítio Arqueológico, Templo do Sol.
Chinchero
Dizem que a origem da palavra Chinchero é “onde começa o arco-íris”, e que na época de chuvas é possível observá-los de diferentes pontos da cidade. Conhecidos pelos diferentes tecidos, eles mantêm as tradições têxteis, preservando a arte local e comercializando nas feiras da cidade. Ou seja, lá é possível visitar ateliês das tradicionais roupas andinas, aprender como é a confecção delas passo a passo.
O sítio arqueológico de Chinchero era mais que um forte, dizem que era o palácio do imperador Inca Túpac Yupanqui. Por isso, Chinchero é uma das cidades que melhor mostra a fusão da colonização espanhola com as raízes mais antigas dos próprios incas. Como é possível ver na construção da Igreja da Virgem da Natividade, que tem as pedras milenares e construções coloniais acima delas.
O que fazer em Chinchero: Ateliês têxteis, Igreja da Virgem da Natividade, Palácio de Túpac Yupanqui, lagoas Piuray e Huaypo, trilha Qhapac Ñan.
Maras
Uma das funções de Maras era ser um ponto econômico do Vale Sagrado dos Incas para o Império Inca. Maras é uma das paisagens mais famosas do Vale Sagrado: milhares “piscinas” nas encostas das montanhas para extração de sal da nascente salina.
Aliás, Maras é um dos 4 lugares do mundo onde você pode extrair o sal rosa. Tanto os Incas faziam isso quanto moradores locais seguem fazendo atualmente. A paisagem revela mais que um pouco dos hábitos alimentares de antigamente. O sal da região era um dos ingredientes em processos de mumificação.
O que fazer em Maras: Salineras, Igreja de San Francisco de Maras, Portões da cidade.
Moray
Aqui em Moray é o melhor lugar para aprender sobre os hábitos alimentares dos Incas, porque aqui era o maior laboratório de zona agrícola deles. Se alguém vê as fotos de Moray vai imaginar que foi construída por extraterrestres. A verdade é que os Incas eram muito mais sábios, tinham um contato íntimo com a natureza.
Dessa forma, eles realizaram diversas pesquisas de observação tanto do céu quanto do solo para entender quando, onde, como e o quê plantar. Em uma plataforma vista de cima, você vai ter uma verdadeira aula de cultivo e de como aprender a trabalhar com a natureza ao invés de dominá-la.
O que fazer em Moray: Plataformas circulares de Moray.
Passeio no Vale Sagrado
Pensando em diferentes formas de você conhecer o Vale Sagrado, fizemos CINCO roteiros para você escolher como quer conhecer. Para entender como funcionam e as diferenças entre eles, fizemos um artigo dedicado sobre.
- Machu Picchu com Vale Sagrado – 2 dias e 1 noite
- Machu Picchu com Vale Sagrado – 3 dias e 2 noites
- Valle Sagrado: Chinchero + Maras e Moray
- Valle Sagrado: Chinchero + Maras e Moray + Ollantaytambo
- Pisac + Ruínas de Cusco
Gostou do artigo? Conte com a Fui Gostei Trips para fazer os passeios em Cusco e Vale Sagrado dos Incas. Enfim, estamos à disposição para te ajudar a montar uma viagem dos sonhos!