História do Império Inca: curiosidades para sua viagem a Cusco

Desde pequenos aprendemos no Brasil sobre a mitologia grega, as múmias no Egito, mas pouco da história do império Inca. O que poucos sabem é que no Peru, berço do Império Inca, eles também têm muitas crenças, divindades, assim como os gregos, e também múmias como no Egito, e muito mais. Aqui nesse artigo vou te contar mais sobre a origem e expansão dessa civilização sulamericana.

O início da história dos Incas

Expansão do Império Inca

Depois da fundação da cidade de Cusco, Pachacutec, o Inca que governava em 1438 resolveu seguir a história e unificar todos os povos da região. Ele tinha o objetivo de fazer uma aliança com os povos, chegando até onde fica hoje o Equador no Norte e na Argentina no Sul. Assim surgiu o Tawantinsuyu, ou “os quatro cantos”, que dividiam o Império Inca em quatro regiões.

Nem sempre a aliança funcionava amigavelmente nesse projeto de expansão de Pachacutec. Durante o governo dele tiveram confrontos sangrentos caso o povo não aceitasse ser incorporado ao Império Inca. Isso queria dizer que o povo teria que ter costumes e aprender hábitos Incas, como religiões, e pagar impostos.

Em troca, o povo tinha que ensinar o que sabiam aos Incas. Como agricultura, construções, estocagem de alimentos, marés, previsão do tempo, pecuária, metais preciosos, e muito mais. Foi assim que os Incas trocavam informações entre os povos e formavam uma linguagem alimentar, com base em batata, milho, quinoa e carne de lhama, e também de construção, com a mesma técnica originada num povo boliviano chamado Tiwanaku também no Equador.

Com isso, para administrar melhor o Império, ele foi dividido em 4 regiões: Chinchasuyu, Antisuyu, Kuntisuyu e Qullasuyu. Representavam as direções Norte, Sul, Leste e Oeste. Cada uma delas tinha um responsável por cobrar os impostos e garantir que não houvesse rebeliões contra o governante.

Como o império Inca acabou?

A resposta simples é colonização, mas a resposta longa vai te mostrar o por trás de tudo isso e como reflete até hoje na cidade de Cusco. Um pouco antes da chegada dos espanhóis, o império Inca já estava abalado pela morte do Huayna Capac, o governante da época, e o seu filho mais velho, Nina Coyuchi. A história diz que ambos morreram de varíola, doença trazida ao continente pelos colonizadores.

Logo depois disso os outros dois filhos na linha de sucessão, Atahualpa e Huáscar, entraram em guerra para ver quem iria ser o futuro Inca. Isso fez com que os povos entrassem em conflitos defendendo um lado ou o outro, até que a chegada dos espanhóis fez com que eles ganhassem um apoio da população local que enxergava neles um fim pro conflito.

Ao vencer a batalha contra o irmão, Atahualpa cruzou com os espanhóis quando estava de caminho de Cusco. Foi, portanto, capturado. Percebeu que os espanhóis gostavam de ouro, e acabou oferecendo montanhas de metais preciosos em troca de sua liberdade. Cumpriu a promessa, mas mesmo assim morreu na mão dos colonizadores. Na história consta o fim do Império Inca como sendo a morte de seu último imperador em agosto de 1533, Atahualpa.

Com o apoio de alguns povos, os espanhóis tiveram uma certa facilidade e pouca resistência no início. Eles escravizaram a população andina e dizimaram alguns povos que se levantavam contra a Coroa Espanhola. Destruíram dezenas de templos Incas e construíram igrejas com as mesmas pedras, como a Catedral na Plaza de Armas em Cusco.

Como os Incas se comunicavam?

O quéchua (ou kichwa) era o idioma oficial do Império Inca. Ele era ensinado aos povos conquistados pelo Império. Porém, como eles dominaram diversos povos no continente, existiam diversas outras línguas nativas também, como o Aimará, Mochica, Puquina e tantas outras. Hoje em dia cerca de 8 milhões de pessoas falam quéchua, sendo a maioria delas no Peru.

Algo que poucas pessoas sabem, aliás, é que os Incas também tinham uma forma de registro, se comunicar que não era a escrita. Eles faziam nós em linhas de lã de lhama para poder contabilizar população, produção e impostos arrecadados. Esse meio de comunicação são os Quipus, eles têm cores diferentes de acordo com as regiões dos Suyus, e assuntos. A maioria dos Quipus se deterioraram com o tempo ou foram destruídos na colonização.

Existe uma história ou lenda de que os Incas utilizavam dos Unkus, roupas feitas também a partir da lã de lhama e que tem desenhos de animais e plantas da região. Há quem diga que a chompa andina que usamos, com desenhos, poderia significar frases, mas outros dizem que essa vestimenta era apenas um enfeite para os governantes Inca.

Há registros de que existiam mensageiros responsáveis por levar esses nós até o centro do império Inca, eles se chamavam Chaskis, viajantes que percorriam longas distâncias. Inclusive, tem um museu em Cusco chamado Museo Inka em que você pode conferir com mais detalhes a história da cidade.

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