Valle de la Luna: porque é imprescindível incluir no seu roteiro.
O clássico Valle de la Luna aparece em todas as pesquisas do que não deixar de fora quando planejamos o roteiro no Atacama.
E não é à toa, este paraíso se encontra a poucos minutos de San Pedro e poderia ser cenário de algum filme de ficção.
Suas formações rochosas se assemelham muito à Lua (ou Marte para alguns) e só isso já bastaria para te convencer.
Mas tem mais: em um mesmo passeio você faz trilhas em dunas de areia, observa esculturas geológicas inusitadas, aprende sobre a cultura local e se emociona com um dos pores do sol mais lindos que já vi nessa vida.
E justamente por causa deste pôr do sol, o tour se inicia sempre no período da tarde. Nosso ponto de encontro é na agência da FGT, uma casinha charmosa localizada na Rua Caracoles, centro de San Pedro de Atacama.
Uma aula diferente
Já no início do percurso, o guia vai contando sobre a importância deste Vale para a cultura atacamenha.
Lembre-se que é uma formação de cerca de 23 milhões de anos e ter um guia que saiba passar todas estas informações é um grande diferencial. Por isso eu não faria este passeio de forma independente, você perderia uma verdadeira aula de geologia à céu aberto.
O Valle de la Luna fica localizado na Cordilheira de Sal, uma cadeia de montanhas formada no mesmo período que a Cordilheira dos Andes.
Durante todo o trajeto em direção ao Valle, é possível ver esta Cordilheira, que começa pequena, bem longe, e aos poucos vai aumentando (junto com nossa ansiedade).
Quando finalmente chegamos, a riqueza de minerais presentes ali proporciona uma experiência visual encantadora. São diversos tons de marrom, laranja, cinza e muito branco!
Ao descer da van, enquanto caminhamos até o primeiro ponto, o guia vai explicando sobre os principais minerais encontrados no Valle de la Luna.
Se olharmos de perto, cada rocha é composta por dezenas deles e alguns são bem parecidos, como o sal, o gesso e a argila.
Mas nossos guias ensinam formas de diferenciar cada um sem que você precise sair lambendo todas as pedras ????
Ah! E não ache estranho quando o guia pedir para encostar a orelha nas rochas, pois as altas temperaturas do deserto causam uma atividade intensa nelas e é possível ouvir algumas quando em silêncio.
Nunca tinha pensado que geologia podia ser tão legal!
A NASA já esteve no Atacama?
Dizem que a Nasa fez alguns testes no Valle de la Luna com robôs que seriam enviados a Marte em uma expedição, justamente por ser o local na Terra de terreno e clima mais parecidos com o planeta vizinho.
Além disso, em 2008, a sonda Phoenix Mars Lander encontrou alguns minerais no solo de Marte que são também encontrados no deserto do Atacama. Demais, né?
Pontos de Parada no Valle de la Luna
Por ter uma altitude bem parecida com o pueblo de San Pedro de Atacama, a pouco mais de 2.300m acima do nível do mar, é comum que este passeio abra a viagem de muitos no deserto mais árido do mundo. Mas não o subestime, as paisagens aqui não tem nada de comum.
Anfiteatro de Pedra
Um verdadeiro monumento natural, esta rocha foi esculpida por fortes ventos ao longo de milhares de anos. Quando vista de longe, tem um formato semelhante aos anfiteatros Romanos. A vista impressiona: na base, uma mistura de areias escuras e bastante sal, que mais parece neve. Lindo!
A Grande Duna
Seria esta uma amostra sulamericana do Deserto do Saara?
A diferença é que aqui a cor da areia é cinza, por causa dos minerais que a compõem. É possível subir um mirante que rodeia a Duna e nos oferece mais uma vista daquelas, é possível ver praticamente todo o Valle de la Luna.
Ótimo lugar para fotos!
Três Marias
Mais uma formação rochosa exótica (ou melhor, três!) causada pela erosão fluvial e ventos. Sim, chove no deserto! Eu mesma peguei chuva neste mesmíssimo lugar durante uma viagem em janeiro.
Ao chegar, o guia já adverte: use sua imaginação. As rochas se parecem com três mulheres, as Três Marias, e uma delas carrega uma criança nas costas. Conta pra gente se conseguiu ver?
Mirador de Kari
Este mirador possui mais uma atração muito popular, a famosa Pedra do Coyote. Ganhou este nome por ter uma pedra que parece muito aquela do desenho animado ‘Papa-léguas’.
Fica exatamente na beira de um precipício e desafia os aventureiros para mais uma foto daquelas! Tem coragem?
Se você escolheu o passeio clássico ao Valle de la Luna, sua experiência termina aqui no Mirador de Kari com uma vista encantadora: o pôr do sol de um lado, e suas luzes avermelhadas refletindo nos Vulcões Licancabur e Juriques do outro lado.
Ponto de parada Extra: Valle de la Muerte
Já no passeio VIP, finalizamos o tour no Vale da Morte, que fica bem pertinho do Valle de la Luna.
O gran finale deste passeio especial fica por conta do pôr do sol acompanhado de um coquetel delícia para brindar essa super experiência de vida!
Imagine a cena: ventinho no rosto enquanto toma um bom vinho chileno e come burritos com bastante palta (como os chilenos chamam o avocado).
O sol começa a descer, as cores do céu variam. Às vezes é rosa, outras laranja, ou amarelo intenso, ou roxo, ou uma mistura de todas as cores. Sem brincadeira, é de arrepiar (ou de chorar de alegria, como eu fiz).
Preparados? O que você precisa para explorar o Valle de la Luna
Para participar do tour no Valle de la Luna, não precisa ter uma alta preparação física. Parte do passeio é feita na van, e as trilhas são de dificuldade fácil/ moderada.
- Coloque sapatos confortáveis para caminhar nas dunas, pois a areia é bem soltinha e você não vai querer deixar de chegar ao topo, vale a pena!
- Apesar do sol intenso, às vezes, principalmente no fim da tarde, bate bastante vento e por isso uma jaqueta é sempre bem vinda.
- Dica de ouro: o melhor item que levei neste passeio foi um lenço para amarrar no rosto, cobrindo boca e nariz. Como disse, venta muito. E tem areia solta. Agora faça as contas haha
- Como todo e qualquer passeio no Atacama, água e protetor solar são essenciais! E câmera, claro, porque a fotos ali são de fazer inveja!
E você, já pensou em viver algo assim? Nas nossas redes sociais é possível ver mais fotos e comentários dos viajantes que nos acompanharam nestas experiências.
Vem com a gente?
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